quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mais duas indicações

São Paulo e Rio de Janeiro indicaram respectivamente Morumbi e Maracanã para sediar jogos da Copa de 2014.

Sem surpresas.

Beira-Rio foi o indicado gaúcho



O Beira-Rio foi o estádio indicado para concorrer a ser uma sede da Copa de 2014, por parte do Rio Grande do Sul.

O projeto do estádio é bonito, e aproveita a estrutura já existente. Até agora não foi apresentado nenhum projeto de estádio novo para a Copa.

As pessoas que dirigem o esporte no Brasil realmente acreditam que os estádios que temos hoje estão preparados para receber uma Copa do Mundo?

O que chama mais a atenção no projeto do Beira Rio é o custo estimado da obra. R$ 55 milhões de reais.

Para se ter uma idéia, para se contruir um shopping de grande porte gasta-se mais de R$ 300 milhões de reais no projeto.

Realmente estou curioso para ver o custo total da obra. E mesmo com isso foi o escolhido para concorrer. Vejo um novo "Engenhão".

A seriedade tem que ser a tônica, dessa nova fase do esporte brasileiro. A Copa pode ser um grande marco para a definitiva profissionalização do esporte brasileiro, como também pode ser o maior fracasso esportivo de nosso país.

Pesquisarei para saber como será escolhido as sedes, pois se não for revisado o projeto do Beira-Rio, já teremos a primeira "brincadeira" da Copa.

Em Santa Catarina, ainda não foi escolhida a sede candidata. Estão no páreo o projeto do Figueirense (projeto de estádio novo para o mundial) e a Arena de Joinville. Resta esperar qual será a escolha dos catarinenses.

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Até agora a Copa 2014 está preocupante. Em SP foi escolhido o Morumbi como sede. Um estádio muito bonito, mas situado em uma região de dificil acesso e dispersão.

Os projetos são levianos com custos irreais, pois a única intenção é conquistar a opinião pública com reformas espetaculares a custos baixíssimos. Espero que logo isso seja desmentido, e que a realidade apareça.

terça-feira, 29 de maio de 2007

E a Arena é a indicada para a Copa 2014

O maior evento da história de nosso país, a ser sediado em 2014, já movimenta as entidades que lidam com o futebol no Brasil.

É a Copa do Mundo, que, se não ocorrer nenhuma reviravolta, será mesmo no Brasil.

No Paraná, havia uma grande briga para qual estádio seria a indicação de sede (não quer dizer que efetivamente o será, concorrerá com os demais estados). A Kyocera Arena foi a escolhida pelo governo do estado.

Concorreu com o projeto em conjunto da Federação Paranaense de Futebol, Coritiba e Paraná Clube, que desejavam contruir um estádio no lugar do atual Pinheirão.

Ambos os estádios são projetos, pois a Kyocera Arena ainda não está terminada, e atualmente não cumpre com os requisitos do caderno de encargos da FIFA. Porém o projeto atleticano demonstrou ser mais viável, não por que pretende-se fazer, pois não foi apresentado nada de como será terminado o estádio e nem valores, porém o que ajudou o estádio da baixada foi exatamente o seu concorrente.

O "Novo Pinheirão" estava orçado em mais de R$ 600 milhões contra R$ 50 milhões da reforma do Beira-Rio. Ao mesmo tempo que é dificil achar investidores dispostos a investir mais de meio milhão em um estádio de uma sede secundária no Brasil, é muita ingenuidade que o Inter necessite de apenas 50 milhões para adequar o Beira-Rio ao caderno de encargos da FIFA.

Assim será a tônica da Copa do Mundo no Brasil, cada um mentindo e escondendo dados para que consiga ser escolhida como sede, depois a situação se resolve. Igual ao panamericano do rio. Quanto já foi gasto no "Engenhão"?

A Kyocera é o estádio mais moderno do Brasil, mais ainda falta muito para que seja um estádio completo.

Em tempo, o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, afirmou que não desistirá do novo estádio. Não é um sonho, é necessário que os clubes brasileiros reformem as suas praças, não apenas para a Copa, mas sim para a sua sobrevivência no cenário esportivo.

Há muito trabalho administrativo pela frente, é necessário muito planejamento para sediar a competição. E sem comparação com o Panamericano, que é uma competição marginal no calendário esportivo mundial, onde é enviada a quarta equipe americana para a disputa.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Internet é o 2º meio de consumir esporte

Oportunidades?

Segue na linha da minha análise sobre os sites de diferentes associações esportivas do mundo.

Em breve.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Jogos Eletrônicos e o Esporte

Não é de hoje que a indústria dos jogos eletônicos utilizam os esportes como inspiração na criação de games. Desde o boxe do Atari até hoje, foram criados milhares de jogos da maioria dos esportes.

Com o avanço da indústria, o que era apenas diversão está se tornando um importante canal de marketing, recebendo altas quantias de investimento.

No Brasil, apenas o futebol se benificia diretamente dessa indústria. Vale uma ressalva sobre o tênis, que na época do Guga, fazia sucesso por aqui.

No campo do futebol dois jogos atraem os maiores patrocinadores. Fifa 2007, da Eletronic Arts e Pro Evolution Soccer 2007 (Winning Eleven), da Konami.


O primeiro se benificia de ser o único jogo licenciado pela Fifa, e o que possui o maior número de licenças de ligas, principalmente européias. É criticado pelo jogo em si, fator importante para os jogadores.

O PES, de acordo a opinião generalizada, oferece a melhor jogabilidade, porém não explora como o rival as oportunidades de negócio do jogo, assim é um pouco menos comercial.

Os clubes brasileiros, como em muitos outros mercados, não consegue explorar em sua magnitude as oportunidades desse mercado.

São poucas as versões que incluem clubes brasileiros, e não existe um jogo que ofereça a oportunidade de se jogar um campeonato brasileiro completo.


Nos jogos “manager”, a maioria do material dos clubes é proporcionado pelos próprios jogadores que personalizam o seu jogo, com escudos e bandeiras.

Desafio

Como oficializar isso tudo? Como faturar com jogos eletrônicos e expor a sua marca para um grande mercado consumidor?

Desafios sulamericanos

Campeão da Liga dos Campeões pode faturar 100 milhões.

O que fazer para que nossos times se beneficiem dos mesmos louros que os europeus?

Há proporções a serem respeitadas, mas nós não atingimos o potencial que o mercado sulamericano proporciona.

É preciso enaltecer os bons exemplos e criticar e combater os maus.

Podem dizer que é redundância, mas Eurico Miranda não tem mais espaço como dirigente no novo futebol. Somente sobrevive a base da corrupção e de seus aliados. Atrasando o clube que dirige.

Há bons exemplos, que estão há algum tempo se destacando, e outros que somente agora estão aparecendo, mas que o bom trabalho já é realizado há alguns anos.

Uma questão de meritocracia.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O esporte e os video-games

Em breve uma análise do mercado dos video-games e do esporte e como eles podem conviver juntos.

Estou analisando também os sites de diversos clubes do mundo, e estabelecendo um ranking.

O Figueirense anunciou o seu projeto para um novo estádio visando a Copa de 2014, o projeto foi entregue a Lula.

Aliás é do Figueirense a mais nova idéia de administração esportiva. No site http://www.futebolcard.com/ você pode comprar os ingressos para os jogos do time utilizando o cartão Visa, inclusive a torcida visitante. Alguma novidade nisso?

A novidade é que não será necessário o ingresso físico, bastando apresentar o cartão Visa na entrada. O recibo será impresso e o acesso concedido.

É uma idéia interessante, porém e os donos de outros cartões? Será que não restringe um pouco os usuários?

Essa idéia é utilizada há algum tempo, por empresas como ticket master, ingresso fácil e outras, porém havia taxas de entrega dos ingressos, além de haver um tempo de espera.

Há os seus pontos positivos. Em um próximo post analisarei mais profundamente as oportunidades e desafios desse campo.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Maracanã!


Estádio de histórias, de final de copa do mundo, mundial de clubes, libertadores, brasileiros e cariocas. Onde Pelé fez o milésimo gol e viu Zico jogar o melhor de seu futebol.

Estive lá para assistir ao segundo jogo da final do Carioca 2007. Flamengo e Botafogo.

Na frente do estádio uma faixa com os seguintes dizeres: "Ricardo Teixeira reconhece: Maracanã o melhor estádio do Brasil."

No Brasil não é muito difícil avaliar qual o melhor estádio, pois 90% deles estão em péssimas condições ou em condições apenas regulares. Assim sobram poucos estádios para a eleição do melhor. Nessa lista, tem três estádios:

- Morumbi - SP
- Kyocera Arena - PR
- Maracanã - RJ

O Maracanã após a reforma que o preparou para o Pan, está mais bonito e organizado. Foram postas cadeiras no lugar da antiga geral, o que diminuiu ainda mais a capacidade do outrora maior estádio do mundo. Domingo havia 65 mil pessoas, e visualmente não havia muitos espaços vazios, assim a capacidade do estádio reduziu sensivelmente.

Os acessos ao estádios são eficientes. Para a arquibancada havia filas inaceitáveis, porém para as cadeiras inferiores não havia espera para entrada ao estádio.

A entrada é divida entre os dois times, porém já dentro do estádio é comum encontrar torcedores do time rival. Isso pode ser um ponto positivo, porém pode trazer problemas como brigas. Falta sinalização para a indicação de qual setor você comprou o ingresso.

Na parte do assento o estatuto do torcedor não está sendo respeitado, pois o seu assento nem sequer tem indicação na cadeira, assim quem chega primeiro leva.

Com a reforma, o campo foi rebaixado, assim a visão da cadeira inferior melhorou bastante, facilitando bastante a vida do torcedor. O ponto negativo é que a diferença da altura da cadeira da frente é pequena, assim pessoas com baixa estatura não conseguem visualizar completamente o campo, causando o famoso "senta!". As cadeiras são de material de boa qualidade, pois resistiram a pontapés de alguns torcedores sem educação do Flamengo.

Mesmo com a reformo, os placares eletrônicos do Maracanã continuam os mesmos, e claramente mostram que já deveriam ter sido trocados.

Os corredores são amplos, e facilitam a entrada e saída de torcedores, assim principalmente a saída de torcedores é rápida.

Por ser um estádio que não pertence a nenhum clube, falta a exploração comercial do espaço. Assim não se vê lojas, restaurantes e praça de alimentação, apenas bares.

Os sanitários são eficientes e limpos assim como as dependências em geral.

O acesso ao estádio é bom, há linha de metrô que para na frente do estádio, além de linhas de ônibus e largas avenidas. Há poucas vagas de estacionamento.

Analisando o estádio, ele está pronto para o Pan, mas muito longe da copa de 2014. É necessário pensar o quanto vale investir no estádio para adaptá-lo a copa, ou se é válido investir em outro estádio, que pode ser utilizado pelo Flamengo por exemplo.

A história é um fator que não pode deixar de ser considerado, porém as exigências de uma copa podem sepultar o sonho de mais uma final no maior estádio do mundo.

domingo, 6 de maio de 2007

Mudança de enfoque

Amigos,

Ao contrário do explicitado no primeiro post, irei mudar o foco do blog. Ao invés de focar em todas as áreas da administração, irei colocar as minhas idéias sobre administração esportiva, principalmente.

Acredito que assim será mais fácil traçar um perfil de idéias e além disso gera um público mais especifico para debate.

Obrigado.

Libertadores X Liga dos Campeões

Olá,

Mesmo com os dois últimos títulos mundias de futebol conquistados pelo futebol sul-americano (São Paulo e Internacional), as diferenças de administração são marcantes. Para demonstrar isso bastar olhar a comepetição principal de cada continente: Copa Toyota Libertadores e Uefa Champions League.


A Libertadores teve o seu ínicio no ano de 1960, com o Peñarol sendo o primeiro campeão e mais tarde um dos maiores ganhadores de título da competição, 5 títulos e 4 vice-campeonatos. O maior campeão é o Independiente da Argentina, 7 títulos. Porém o mesmo não fatura o caneco desde 1984. Nas últimas décadas o Boca Juniors dominou o cenário sulamericano e ganhou três títulos e um vice-campeonato. é também a Argentina ao país com mais conquistas, 21 vezes.

Nos últimos anos a Toyota entrou como patrocinadora master da competição, colocando inclusive o seu nome na nomenclatura do torneio. Isso aumentou as rendas e a premiação dos clubes, deixando o torneio mais atrativo. Porém o torneio sofre com a situação geral do povo sulamericano, que atinge diretamente a situação dos clubes de futebol, prejudicando a competição.


A Uefa Champions League teve o seu começo quatro anos antes, logo após o primeiro congresso da Uefa em Viena. Foi idealizada pelo jornal francês L'equipe, que desejava ter uma competição de clubes de toda a Europa. A proposta foi aceita e o primeiro jogo foi realizado pelo Sporting de Portugal e Partizan.

O maior campeão da história do torneio é o Real Madrid, com nove conquistas em doze finais, seguido de Milan com seis conquistas e Liverpool com cinco.

Esse último time entrou para a história como um grande marco na história da competição. Em 1985 na final contra a equipe da Juventus da Itália, na Bélgica, ao fim da partida a torcida inglesa causou um desastre que causou a morte de mais de 80 torcedores italianos. Isso acarretou em uma punição aos times ingleses de cinco anos sem participações na UCL. Para o Liverpool a punição foi de seis anos.

Juntamente com isso, foram anunciadas medidas para o aumento da segurança nos estádios europeus, que ficou ainda mais forte após outra tragédia em campos ingleses anos depois.

Hoje os estádios europeus exibem níveis de segurança altissimos, e apesar dos conflitos com torcidas não estarem totalmente controlados, melhoraram bastante, com punições exemplares aos clubes com torcidas problemáticas.

Juntamente com a situação econômica européia, muito mais avançada e a Lei Bosman (lei que permite que clubes europeus seja liberados para contratar qualquer jogador do continente sem limitação), os clubes mais ricos europeus se fortaleceram, fazendo da UCL a competição mais bem sucedida do mundo.

A Grande Questão

Por que que apesar do início parecido, as duas competições, atualmente, são tão diferentes? O grande abismo entre os clubes e de infraestrutura impactam diretamente no sucesso das duas competições. Além disso diversos outros fatores contribuem para a diferença atual.

Se alguns fatores causam uma “certa desvantagem natural”, outras são causadas por falhas no planejamento dos clubes e dor organizadores.

Se, nós temos hoje, as duas competições com sistemas de disputas praticamente iguais, é praticamente somente nesse aspecto que as duas se assemelham.

A crise vivida pelos clubes sulamericanos, com a consequente fuga de atletas, de patrocinadores e de investidores esvaziou a Libertadores, que apesar da melhoria e estabilidade de sua fórmula de disputa, teve uma queda no índice técnico sensível.

Há raros exemplos de times que estão crescendo, como o São Paulo, que desde que o campeonato brasileiro mudou seu sistema de disputa para pontos corridos, participa seguidamente da Libertadores (2004 a 2007) chegando a duas finais, Boca Juniors que é o clube mais bem sucedido da década.

A situação econômica do continente não é mais desculpa para o estado dos clubes. Há casos que o planejamento e a execução dão excelentes resultados. A entidade sulamericana tem o papel de apoiar a excelência dos clubes e não dificultá-la, vide a alteração do regulamento, evitando, se possível, a final com clubes do mesmo país.

A Uefa entrou definitivamente na internet faz algum tempo. Em seu site pode-se acessar os melhores momentos dos jogos, vídeos históricos e outras informações multimidia, mediante taxa mensal. Além disso há um jogo fantasia que distribui prêmios aos melhores colocados. Há também historia detalhada dos clubes em competições européias e notícias atualizadas sobre as diversas competições do calendário europeu.

No site da Conmebol, não há nada disso. Há informações desatualizadas dos últimos campeões, nada de multimidia e notícias diversas. Porém não há nenhuma interação com o usuário. Isso distancia o usuário da entidade, dificultando o emprego desse importante canal de comunicação.

Em geral, a entidade não se aproveita desse excelente mercado gerado pela principal competição sulamericana, que aumentou sua importância com a participação dos clubes mexicanos. Quem sabe permitir a participação dos clubes dos EUA não injeta um maior dinheiro e nível técnico a competição?

Em outros posts irei comentar sobre possíveis soluções para a competição se torne novamente de nível mundial e ajude a fortalecer os clubes participantes.

E vocês o que acham?