quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Como motivar a sua equipe

Ultimamente estamos tendo aulas de como se motivar uma equipe de futebol. São técnicos, vice-presidentes, presidentes dão entrevistas esperneando, e deixando bem claro o seu lado torcedor.

Na maioria das vezes, está refletindo negativamente na mídia, e até os jogadores, que antes adotavam reações comedidas, estão se indignando com a falta de profissionalismo de seus chefes.

Vamos ao exemplo mais claro, Carlos Augusto Montenegro. Ele que é presidente do IBOPE, teoricamente deveria ser um homem sério, porém quando se trata de futebol, ele é conhecido por declarações polêmicas e inoportunas.

Certa vez, com o Botafogo na zona de rebaixamento, aposentou o uniforme número 1 da equipe no ano, pois tinha a gola olímpica. Perguntado o porque, dizia que era o único título que a seleção brasileira não tinha conquistado.

Ano passado, outras declarações polêmicas após a eliminação da equipe na copa sul-americana.

Esse ano, nem esperou o time ser eliminado. Bastou uma derrota, outra vez para uma equipe argentina, para dar uma entrevista onde critica a todos, e escancara a raxa no elenco. Os jogadores não gostaram e criticaram o vice-presidente. Além disso, os salários estão atrasados quase 3 meses. A questão é: Há moral em um vice-presidente criticar com tanta veemencia o seu time, sendo que não paga os funcionários a três meses? Qual é a motivação que ele quer dar?

Em qualquer outra empresa, os funcionários já teriam parado de trabalhar, e começariam greves para receber o que é de direito. No futebol isso não acontece, mas as vezes acredito que deveria, para que alguns dirigentes aprendessem a ser mais profissionais, pagar os seus funcionários, e parassem de falar asneiras.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Seminário Gestão de Patrocínio de Entidades Esportivas

A ESPM, está oferecendo um seminário que visa apresentar e discutir a gestão de patrocínio em Entidades Esportivas.

Até hoje, é um desafio para as entidades esportivas brasileiras, conseguir patrocínios que realmente sejam benéficos para a sua organização, e atuem no formato de parcerias.

A falta de apoio, inclusive dos meios de comunicação, prejudicam a eficácia dessas parcerias. Emissoras como a Rede Globo, evitam de mencionar o nome de empresas nos seus programas esportivos, inclusive nome de estádios. Assim a exposição fica menor, e também o dinheiro dado.

Vou tentar ir no seminário também.

Endereço do seminário: http://www.espm.br/ConhecaAESPM/Cursos/Pages/Default.aspx?CodigoCursoDetalhe=414

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O retorno sobre investimento no futebol

No link http://cidadedofutebol.com.br/Universidade/Web/Site/index_area_administracao.asp?arq=artigo.asp&id_cont=1256 , há texto de Katherine Amaya sobre o retorno sobre o investimento no futebol brasileiro.

A questão é complicada, e necessita ser analizada de uma forma atual, pois durante toda a história, o futebol brasileiro sempre foi muito mal administrado.

Hoje, a história começa a mudar. Os balanços sendo divulgados, é um bom sinal de um começo de moralização e de responsabilidade administrativa e financeira.

Há alguns dias atrás, foram divulgadas notícias, em que o presidente corinthiano Andrés Sanchez, falava sobre a luta para a diminuição da divida corinthiana. Explicava que tinham a meta de reduzir para o patamar abaixo de R$ 100 milhões, e que estavam trabalhando em novas fontes de renda, para sanar o clube nos próximos anos.

Pode parecer banal, no meio empresarial, porém no futebol, dirigentes se preocupando com dívidas, e também com planos de saná-la, não é nada comum. Sinais de novos tempos?

Clubes com menos dívidas, com administrações menos passionais, com trabalhos a médio e longo prazo, certamente são fatos que ajudam na confiança dos investidores no esporte.

Claro que não é só isso, mas para atrair investimentos é muito importante um cenário com o menor nível de risco possível, isso é uma coisa que no futebol não se tem. Torcidas impacientes, dirigientes mal preparados sempre botaram tudo a perder, e sempre atraíram pessoas e empresas com índoles questionáveis para gerir os seus clubes, sempre buscando apenas títulos que não se mostraram situações sustentáveis.

O processo é doloroso, porém necessário para elevar o patamar do futebol brasileiro. Mas os clubes estão começando a colher os frutos, como o Flamengo e o Corinthians aumentando suas arrecadações com patrocínios.

A Copa do Mundo FIFA 2014, irá atrair investidores para a reforma e construção dos estádios da competição, porém é necessário o planejamento, pois somente haverá investidores, se houver o retorno.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Atlético anuncia que cobrará por transmissão via rádio


O mundo esportivo paranaense foi surpreendido com o anúncio do Clube Atlético Paranaense, sobre a cobrança de uma taxa para a cobertura do campeonato brasileiro por rádio.

Após a divulgação da nota pelo site oficial, houve diversas mensagens de repúdio contra a decisão do clube.

Tentarei analisar a medida, e os motivos que levaram a decisão do Atlético da cobrança.

O Atlético, é o clube brasileiro que está na vanguarda do marketing esportivo no Brasil.

Ele investiu num estádio diferente de todos os outros no Brasil, foi ousado ao trocar o escudo do clube, divulgar slogans de campanhas na TV e rádio, fazer parcerias com times internacionais, brigar por mais verba de TV no campeonato paranaense, cobrar um valor mais alto de ingresso, entre outras ações.

Como tudo que é de vanguarda, algumas ações causam estranheza no torcedor, que em sua maioria, não entende os conceitos aplicados pelo Atlético, muitos baseados na realidade européia.

Quem está certo? O torcedor que sonha com ingressos baratos, time com qualidade, bandeira e bateria nas arquibancadas, transmissão em tv aberta entre outros. Ou o clube que tenta de todas as formas marjorar seus ganhos, tentando formar uma nova classe de torcedores, com uma renda maior, que busquem o espetáculo, que comprem camisas oficiais, presentes oficiais, que comprem pay-per-view, que comam um lanche nas lanchonetes da Baixada, que pronunciem Kyocera Arena, ao invés de Baixada, que não joguem copos nos jogadores.

O Atlético com a ação que tomou mostra mais uma vez que não sabe como fazer essa mudança de pensamento. Tentar impor cultura, exige, proíbe. Isso causa resistência por parte dos envolvidos, prejudicando muitos projetos, que em sua essência até fazem sentido.

A Kyocera apostou nos "naming rights", porém o retorno da investida se mostrou muito pequeno. A Globo, principal transmissora de eventos de futebol do país, tem por princípio, não citar nomes de empresas envolvidas. Nem quando o nome do time é uma empresa eles anunciam, imagine quando é apenas o nome oficial do estádio. Assim essa prática no Brasil se torna um pouco falha.

A cobrança das rádios foi feita na mesma linha de imposição, sem nenhum diálogo. Não basta ter uma equipe de marketing que faça estudos dos faturamentos que as rádios tem com publicidade em transmissões de futebol. Falta alguns outros cálculos. Por exemplo. Se o Atlético cobra R$ 15 mil por jogo. Quanto vale o jogo do Flamengo, e do Corinthians. Se formos tomar como base as verbas de televisão do Campeonato Brasileiro, pelo menos 4 vezes mais. Se botarmos que todos os clubes devam receber, vamos chegar a cifras milionárias, pois o valor chegaria a quase R$ 1 milhão para uma rádio transmitir os jogos do Atlético.

Há ainda o quesito jurídico, que o Atlético, com a sua imposição terá que enfrentar.

Como disse um colunista do site da torcida, o Atlético está se tornando o time mais antipático do Brasil. Que marketing é esse?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Internacional fará perfil de seus sócios

THALES CALIPO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Às vésperas do início dos trabalhos focados nas comemorações do seu centenário, que será no próximo ano, o Internacional terá como grande prioridade os seus associados. Além de buscar atingir a marca de 100 mil sócios até o aniversário de 100 anos, o clube também trabalha para conhecer melhor esse público.

Para isso, o clube já trabalha para a implantação de um Consumer-Response Marketing (CRM), ou Resposta de Consumo de Mercado, em uma tradução livre. A idéia é usar essa ferramenta, importada do mercado corporativo, para se aproximar dos seus sócios, descobrindo suas preferências e, de base dessas informações, direcionar melhor os trabalhos.

"Nós queremos medir o comportamento desse sócio, descobrindo quanto ele gasta durante um jogo, por qual portão ele entra, quais produtos eles prefere comprar. Com isso, podemos oferecer uma série de novos serviços", explica Jorge Avancini, vice-presidente de marketing do Inter.

O novo sistema, que deve estar disponível a partir do segundo semestre, será "acoplado" às carteirinhas dos próprios associados. No produto, já foi instalado um chip que permitirá a leitura de todas as informações relacionadas ao consumo do sócio.

"Nós fizemos uma pesquisa com os sócios perguntando quais prêmios eles gostariam de ganhar. Mais de 90% afirmaram que gostariam de prêmios vivenciais com o clube, como uma foto com o ídolo, camisa autografada ou viagem com o time. A minoria escolheu carro, moto, ou outras coisas", exemplifica o vice de marketing do Inter.

Essa medida, também, apoiará outra ação que será criada para atender à demanda. Depois de chegar à marca de 42 mil sócios, em 2006, com um plano que fornecia ingressos dos jogos ao associado, o clube encerrou essa modalidade de associação, mas precisa trabalhar de uma forma a garantir entradas aos outros torcedores.

Dessa forma, o Inter estuda um modelo em que o torcedor que tem direito ao ingresso, mas não pretende usá-lo em determinado jogo, possa ceder a entrada a outra pessoa, prática comum em clubes como o Barcelona, por exemplo.

"Será um modelo de compensação, como um sistema de milhagem. O torcedor terá um crédito, dependendo do campeonato, que poderá ser usado em toda a nossa rede de lojas franqueadas", diz Avancini.

Essas são algumas novidades que devem ser apresentadas nesta sexta-feira, durante o jantar comemorativo dos 99 anos do clube. Outros detalhes do projeto "Centenário para todos", que terá duração de dois anos, além da campanha "Indique sua paixão", para mobilizar os atuais sócios a convidar amigos a se juntar ao quadro associativo, serão alguns dos temas abordados.